segunda-feira, junho 25, 2007

Amizade

No começo de um namoro existem dois momentos temerosos, um refere-se ao conhecer os pais, o outro, o de conhecer os amigos. Creio que o segundo encontro é bem mais stressante que o primeiro, por diversas razões. Por exemplo, quantos namoros acabam porque a mãe não gosta da namorada? E quantos terminam porque o grupo de amigos não gosta da “chata” nova de serviço? Exactamente. A posição materna é claramente superada pelo poder “amigal” (contributo para a língua portuguesa com o inventar uma nova palavra).
Ao ler um post, num blog vizinho (Noite Americana), sinto vontade de escrever sobre os amigos alheios. Se as pessoas que escolhemos para nos rodearem “dizem muito de nós”, então, esse facto só vem reforçar a boa escolha de namorado que fiz. Deveremos elogiar amigos que não nos pertencem? Não estaremos a invadir território proibido, um fenómeno do qual apenas podem falar os membros pertencentes ao grupo?
Tentando ignorar estas dúvidas, sigo em frente e elogio os amigos do meu namorado. Ele tem amizades que não se cruzam, amigos que pertencem a diferentes grupos, que para além de o terem como factor comum, têm também outras duas coisas, inteligência e sentido de humor.
A relação que ele tem com cada uma destas pessoas é especial, única e, de certa forma, comovente. Parece que, entre eles, foi feita a escolha última, aquela que não tem volta, a de entregarmos o nosso coração a outro, esperando em troca apenas a sua presença nos bons e maus momentos, a certeza de que jamais falhará, aconteça o que acontecer.
Sei que, ultimamente, devido à falta de tempo, é cada vez mais complicado para ele encontrar esses amigos com a regularidade que desejaria. Sei também o quanto isso lhe custa. Felizmente, mesmo que não se vejam durante algum tempo, o reencontro é feito como se se tivessem encontrado na véspera, com o mesmo grau de à vontade e intimidade.
Olho estas amizades de fora e não consigo deixar de pensar que representam o protótipo perfeito do que os amigos deveriam ser. A ligação eterna que nada corrompe, nem sequer o tempo, nem sequer as/os namoradas/os “chatas/os” que se vão encontrando pelo caminho.

sexta-feira, junho 15, 2007

Don´t worry be happy?? Como assim?!

Sentem que estão a ser felizes nos últimos tempos? Se responderam afirmativamente, digam-me, para quando prevêem a grande catástrofe? Não sentem que está tudo a ir tão bem que a qualquer momento vos acontecerá uma surpresa desagradável? Como por exemplo, uma inundação na vossa nova casa, a descoberta de que o namorado apaixonado afinal vos trai com a Marineidxi, que a namorada perfeita foi um dia Joaquim, que o gatinho fofo que tiraram da rua se revela, nada mais nada menos, que um assassino das visitas de vossa casa?
Quem se sente à vontade com uma carrada de dias felizes sem nenhum percalço? Em boa verdade, ninguém que eu conheça.
Não conseguimos sossegar quando a vida está como a desejamos. Os primeiros dias ainda vai que não vai mas depois passamos a ouvir repetidamente na nossa cabeça, o ditado popular, “quando a esmola é muita o pobre desconfia”.
Tudo perfeito não basta, não conseguimos ter descanso. Sim, somos boas pessoas mas porque raio andamos com a vidinha tão equilibrada? Que se prepara para acontecer?
De certa forma, quando algo de menos bom nos surge no caminho, sentimos um certo alívio. Parece que a felicidade só nos é permitida quando estamos, em simultâneo, a superar diversos obstáculos.
Quando, finalmente, acontece uma porcaria para nos preocupar, sentimo-nos livres para suspirar e dizer em voz alta “ Uffa, agora sim, posso ser feliz em paz”.

segunda-feira, junho 11, 2007

Daily Dose of Nonsense


domingo, junho 10, 2007

"Eu não digo que tu é linda, porque tu sabe que tu é"

Como conseguem os homens seduzir mulheres? Através de boas conversas, humor, charme e por aí fora. Como é que eles acham que o conseguem fazer? Simples, gritando coisas como “Ó grossa”, do quinto andaime de um prédio em construção, ou sussurrando “és tão boa”, quando se cruzam connosco num passeio apertado.
Em relação a este assunto gostaria de saber duas coisas, primeira, será que essa táctica já deu resultado com alguém? E se sim, já agora, em que instituição para problemas mentais a poderemos encontrar?
Agora um aspecto interessante é, se eles sabem que não vão obter resultados com essa manobra porque raio a continuam a fazer?! ( Aqui pede-se a ajuda de um leitor, que disponibilize uma qualquer teoria sobre o assunto).
Se falarem com a maioria das mulheres a quem o “grito tribal masculino” atinge, obterão em 90% dos casos um desagrado com a situação, no entanto, se essas mesmas mulheres passarem por uma rua cheia de obras e não ouvirem nem um assobio, garanto que se formularão questões nas suas cabeças como “porque é que eles não dizem nada? Esta roupa não me está boa? Será que estou demasiado gorda?” e por aí fora.
Creio então, que esta situação entre homens e mulheres desconhecidos é uma forma de equilíbrio social, tal como existe o equilíbrio na vida selvagem. A mulher é a presa que o homem continua a tentar “caçar”, não importa o método, o que importa é não desistir.
Mesmo depois de milhões de tentativas frustradas, os homens fazem questão de dizer que não sabiam que as flores andavam e em manifestarem a preocupação com eventuais ferimentos, porque elas caíram do céu e podem ter-se magoado.
Para terminar, aviso só que se prepare, estou mesmo a ver uma obra ao pé de si…

segunda-feira, junho 04, 2007

A questão tola do dia...

Será que se um dia nos libertarmos, de tudo que alguma vez nos prendeu, nos iremos tornar tão leves que voaremos com a primeira brisa que passar?

Citação


"In heaven an angel is nobody in particular."


George Bernard Shaw