segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Entidades radiológicas que nos valham.

Preciso redimir-me e louvar todas as pessoas que estão a tirar radiologia e o conseguem fazer com sucesso.
Quando eu pensava que aquilo era só chegar lá e carregar no botão , heis que esta disciplina entra na minha vida,...... E posso garantir que foi uma entrada em grande.
Física, química, suportes, posicionamentos, filmes,......... seria tão mais fácil se os objectivos a atingir fossem cortes de cone, filmes mal posicionados, encurtamento ou alongamentos de dentes, faces sobrepostas e por aí fora.
O engraçado é que na primeira aula, entramos ali a pensar que somos razoavelmente inteligentes, mas acabamos por sair de lá com algumas desconfianças em relação a esse assunto.
Depois, com o avançar das aulas, a desconfiança inicial passa a dúvida, a dúvida conduz á incerteza e quando damos por nós achamo-nos os mais burros das redondezas.
Portanto, meu amigos, acreditem quando vos digo, radiologia não é para fracos.
Só não percebo como é que existindo tantos grupos de apoio, ainda ninguém considerou a hipótese de um dedicado a este tema, intitulado algo do género “Estive em radiologia e sobrevivi” ou “Radiologia. Enlouquecer ou não enlouquecer, heis a questão”.
Por hoje, tenho dito.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Dia dos namorados


Quem anda na rua, e tem um gosto dentro do “normal”, deve andar meio enjoado, porque chegou a altura de só se verem corações, rosas, bocas e cupidos nas montras.
Nunca pensei que seria possível juntar tanto rosa e vermelho num mesmo local, aliás, achava que isso estaria cientificamente comprovado ser prejudicial para a saúde. Só penso por onde andarão os “frescos” da Cromoterapia, quando se precisa deles?!
Decidi fazer a experiência e coloquei-me diante de uma loja decorada dessa forma e confirma-se, passado 5 minutos um mal estar apoderou-se de mim, fiquei enjoada, as tonturas juntaram-se á festa e devo confessar que o meu organismo saiu bastante combalido desta experiência.
Obviamente este post poderia ter um sentido, eu poderia referir a falta de significado deste dia, a sua origem económica e por aí fora, mas se já leram post anteriores sabem que sentido é coisa que não abunda por estas bandas, portanto tirem lá essa esperança da cabeça,....
Em vez disso prefiro falar daquelas pessoas sem namorado, que no dia 14 de Fevereiro, ficam trancadas em casa. Será que elas não saem de casa porque são tão solidárias, para com os outros, que sentem vergonha pelos desgraçados que andam na rua, a fazer figuras de palermas, com ursinhos e ramos de rosas nas mãos?!
Mas andamos a querer enganar quem?! Desde quando é que os rapazes gostam de oferecer rosas e de entrar em lojas para comprarem peluches?! E quanto ás raparigas que deliram com essas coisas,....bem,......esse tema ocuparia um outro post inteiro.
O que vale é que essa tendência vai esmorecendo numa relação directamente proporcional com o tempo de namoro. Tal como acontece com a passagem de “amorzinho chega aqui á tua pantufinha”, dos primeiros tempos, para o “anda cá pá”, as prendas do dia de São Valentim vão desaparecendo á medida que o medo da solidão ultrapassa o de largar o conhecido, mesmo que o conhecido dê pelo nome de José Maria, goste muito de ver o Esquadrão Gay, raramente a tenta tocar e adoraaaaaaaaaaaaaaaaa os seus amigos do ginásio.
Agora para terminar em grande, aqui vai um bocadinho de cultura. O dia de São Valentim é assim chamado em homenagem a um padre, que obviamente se chamava Valentim( nota adicional para loiras, excepto a Rita, e para os mais lerdos em geral) e que casava namorados em segredo. O Imperador Cláudio II, reconhecendo que os melhores soldados eram solteiros, tinha proibido os mancebos de contraírem matrimónio.
Assim, no meu ponto de vista este dia não deveria sequer existir, afinal comemora-se uma atitude que punha em risco a vida dos soldados, que para além de terem de ir para a guerra ainda tinham de ir casados. Todos sabemos que esse papel assinado significa que não bastava que eles aparecessem vivos em casa, tinham ainda de chegar a horas, cheirosos, de preferência sem a farda rasgada e ausência completa de marcas de unhadas e batons ( nunca se sabe o que se passa nestas batalhas).
Bem, como isto já vai longo, o melhor é poupar na escrita, senão com o “aperto de cinto” que por aí anda, este mês gasto o meu stock total de letras.