terça-feira, julho 18, 2006

Quando é assim não há nada a fazer.

"Já repararam que quando alguém está realmente feliz é incapaz de o esconder? Todas as pessoas que com ela contactam o notam, quer seja pelo brilho novo que surgiu nos seus olhos, quer seja pelo sorriso que está diferente do que antes existia. Apesar de a felicidade ser visível perante todos os olhares, o motivo desta nem sempre o é. Acho que quando se tem algo de precioso entre mãos, se tende a contá-lo apenas a um grupo restrito de pessoas, somente às que achamos merecedoras de tal informação.
Antes de colocarmos os nossos amigos a par da novidade que entrou na nossa vida, já tratámos de imaginar as reacções que estes irão ter e não esperamos nada menos que ver nas suas caras o reflexo da nossa, que o seu tom de voz transpareça felicidade, que as suas palavras sejam de alegria e apoio, no entanto, se forem proferidas palavras de receio, que estas reflictam preocupação séria e jamais sejam ditas com segundas intenções.
Quando temos a reacção esperada a sensação é óptima, afinal, estamos a conseguir conciliar o que é para nós importante. Para além disso, confirmamos que a amizade entre nós é verdadeira. Que a nossa alegria não é fonte de inveja nem intriga.
Agora o que se sente quando a resposta não é a que desejamos? Que havemos de sentir quando em vez de felizes por nós, essas pessoas nos fazem ficar na defensiva, senão mesmo ao ataque? Tal como todas as sensações, esta também não será fácil de explicar.
Poderemos exigir que eles gostem do que nos faz feliz? Acho que não. Poderemos exigir que eles se sintam felizes com a nossa felicidade? A resposta consiste no facto de que não deveríamos necessitar de exigir nada, porque seria suposto isso surgir naturalmente.
Uns por motivos compreensíveis, outros por motivos absurdos, obrigam-nos a dividir as águas.
São dois caminhos diferentes e nós não queremos deixar de percorrer qualquer um deles. Com o passar do tempo, torna-se inevitável e tornamo-nos um dividido em dois.
Acho que ao longo da vida carregamos connosco a vontade de que os nossos amigos façam parte das nossas escolhas, mas de forma natural, sem obrigações.
Acredito que o que não surge naturalmente não deve ser forçado, principalmente quando as ideias assentam em julgamentos precipitados, sem conhecimento de causa.
Sinto que me julgam de forma errónea quando julgam mal as minhas escolhas. Todos erramos, jamais estarei isenta disso, mas nunca tinha sido provocada, ou pelo menos, jamais da forma como sou agora.
Felizmente consigo separar assuntos, porque caso não o conseguisse ficaria numa situação incómoda e difícil de suportar. Viva essa minha frieza de raciocínio, esperemos que ela seja de longa duração, é tudo o que me resta desejar.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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8:15 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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