sábado, julho 15, 2006

A velha questão de fazer a mala

Que raio se passa no DNA feminino que nos impede de conseguir fazer uma mala de viagem com apenas o necessário?
Porque é que o nosso “básico” inclui metade do nosso armário e ainda mais qualquer coisa que encontremos pelo caminho?!
Na verdade, se formos a ver bem, talvez as malas femininas sejam essenciais em caso de acidentes, porque têm lá de tudo, permitindo até sobreviver em terrenos inóspitos por longos períodos de tempo, mas tanta precaução não se tornará desnecessária quando se vai apenas dar uma volta à cidadela mais próxima, onde nem deserto nem selva estão incluídos?!
Mesmo que uma mulher vá passar um fim de semana na Costa da Caparica, é garantido que ela tratou de levar: dois pares de biquinis, cada um com a sandália correspondente; dois vestidos versão praia; uma calça e dois a três tops, para o caso do tempo estar mau tempo e não poder ir para a praia; vestido de festa, para o caso de haver uma; sapatos para cada versão de roupa; brincos, fios, pulseiras, maquilhagem e cremes. Claro que a isto ainda não acrescentámos o desodorizante, as toalhas de praia, escovas e coisas que serão realmente essenciais.
Enfim, a mala está feita e podemos assistir de longe ao fenómeno que sucede com a roupa, em que esta está tão comprimida que luta para sair, vendo-se alguns tecidos de fora do fecho, tentando em vão escapar de tal situação.
A preparação do homem para o mesmo fim de semana será bastante mais simples, levando dois calções, uma t-shirt, uma camisa e um par de chinelos, isto se estivermos a falar de um asseadinho, porque caso não o seja, um par de calções e uma t-shirt servirão para uma semana, "à vontadinha".
A vida seria tão mais simples se conseguíssemos ter este poder de síntese dos homens, é que eles conseguem ver apenas um caminho a ser percorrido, acreditar que o que está combinado será o que se vai passar, sem surpresas de maior. São incapazes de pensar que poderá chover, serem convidados para um qualquer almoço mais formal ou receberem um inesperado convite para a praia, quando planeiam ir apenas para o campo.
Achei que tinha encontrado um bom truque para controlar esta mania feminina, optando por levar sempre a mala mais pequena, no entanto, descobri que esta “táctica” não me limita a quantidade de coisas que coloco no seu interior, fazendo apenas que estas fiquem mais amarrotadas.
Neste momento, dou por mim a olhar para a mala que tenho a meu lado e a pensar em como os homens têm a vida facilitada em tantos sentidos,...