segunda-feira, julho 17, 2006

Telefonema de 2a à tarde e conselhos atirados ao ar,...

Desligo o telefone e percebo que somos demasiado complicados e confusos. Depois desta conversa, ironicamente semelhante a uma que tive algumas horas antes, fico a desejar que as pessoas larguem certas amarras e se soltem de vez, que não carreguem consigo os erros, as confusões e dores passadas. Sejam corajosos, naveguem por “mares nunca antes navegados” e acreditem que eles são mesmo diferentes de todos os outros. Tornem-se aventureiros e olhem para a ilha que vêm pela primeira vez, acreditando que é lá que vão ser felizes. Deixem de desejar o horizonte vazio, o qual preenchem apenas com a vossa imaginação e enfrentem o real, o que está para lá da linha vazia. Deixem de acreditar na volta seja de quem for do nevoeiro, quem foi embora tende a não voltar, ou mesmo que o faça, trará consigo muita coisa, mas dificilmente a felicidade passada. Que tudo o que vivemos nos sirva de lição para nos tornarmos melhores versões de nós mesmos, mas jamais para ficarmos feito pedras, insensíveis e racionais em extremo. Que alguém crie coragem para abrir o peito ao que vier, acreditando que será desta que vamos ficar bem. Vamos acreditar em quem se expõe a nós, a quem em nós confia e se entrega, pois ninguém que nos queira bem merece menos que isso. Se gostamos realmente dessa pessoa, ganhemos juízo e deixemos de acreditar na versão inevitável do replay das relações anteriores. Acreditemos que somos dignos e merecedores de ser felizes e que nem todas as histórias têm o mesmo final.
Deixemos de aumentar a nossa lista de perdas, de utilizar a teoria do “culpado até prova em contrário”.
Aceitemos que não somos inquebráveis, que o sofrimento surgirá eventualmente, mas que vale a pena acreditar que desta, desta última vez, ele não nos vai atingir. Não desta vez.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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8:15 da manhã  

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