quarta-feira, julho 19, 2006

Este é o post número 187

Devo dizer que planeio uma grande festa na publicação do texto 200. Será, por certo, bastante regada a garrafas de água, música de rádio, bolos em miniatura e eu como única convidada. Como podem ver será algo em grande.
Ainda pensei em fazer um qualquer acto simbólico, como reler tudo o que até aqui escrevi, no entanto, não tenho coragem para isso. Sei que iria achar tudo tão mau que jamais voltaria a escrever fosse o que fosse.
A verdade é que estou a aproximar-me desse tão redondo número com a ajuda de algumas citações que fui fazendo ao longo do caminho, portanto, concluo que nem tudo o que se encontra neste blog é passível de ser considerado mau, afinal, podem encontrar textos de Fernando Pessoa, Mário Quintana, Cecília Meireles, entre outros.
Podem até passar os meus textos à frente e dedicarem o vosso tempo a autores talentosos com os que por cá vou deixando.
Quero reforçar a ideia de que este blog foi feito sem qualquer tipo de pretensão (aliás, como poderia ser o contrário?!), que nunca pensei que aqui viessem parar mais do que 3 a 4 amigos meus. Sempre tive a ideia de que o que escrevo é lido por um restrito número de pessoas e a ideia agrada-me, talvez devido à minha característica algo anti-social.
Agrada-me a ideia de que vocês não me reconheçam se comigo se cruzarem na rua, mas que saibam mais de mim, pelo que escrevo, do que muita gente com quem falo diariamente.
Considero este blog como o meu “diário dos 15 anos”, só que em vez de estar escrito em papel e escondido de mãos alheias, debaixo da cama, se encontra na Internet, com acesso aos múltiplos olhares que nele se quiserem demorar.
Quando dizem que a escrita é poderosa não tenho como o negar. É nela que descarrego os meus dias maus, as tristezas que não consigo verbalizar, os sentimentos que se tentam esconder, as alegrias que vou tendo e as constantes dúvidas que me afligem todos os dias. Pela escrita torno a minha vida mais real, mais palpável, mais observável por mim mesma.
Gosto de estar no meio da rua e ter uma ideia completamente estapafúrdia para um post e sentir uma pressa imensa para chegar a casa, gosto das cócegas que me dá no estômago quando tenho imensas ideias e os meus dedos, no teclado, não conseguem acompanhar a rapidez destas.
Graças a este blog ando hoje mais feliz, quer seja por ler os comentários que por cá vão sendo deixados, quer seja por ter permitido a entrada de uma pessoa completamente diferente na minha vida.
Na realidade não sei se escrevo bem ou não e acho que isso nem interessa. É como quem canta muito mal mas se liberta, no fim do dia, nos karaokes. Digamos que a escrita é o karaoke da minha vida.
Até ontem nunca tinha tido nenhum medidor de entradas neste blog, por um motivo muito simples, nunca quis confirmar a quantidade de pessoas que aqui entram todos os dias, nunca achei que isso fosse importante, no entanto, comecei a pensar que quero saber quem aqui vem. De onde surgem as pessoas que de vez em quando comentam qualquer coisa?! O site meter aqui presente não irá servir nunca para me fazer preocupar se somos 10 ou 100 pessoas, mas apenas para matar a curiosidade, que é tão típica do sexo feminino, de como vieram cá parar.
Agora vocês dizem, para quê tanta conversa quando só vai ter 200 textos postados? A verdade é que não sei se irei chegar ao simbólico número 500, portanto há que aproveitar qualquer desculpa para tornar as coisas grandiosas.
Acham que 200 é pouco? Bom, talvez seja, mas já me parece um bom número para ser comemorado.
Para terminar, agradeço a quem por aqui vai passando e lendo o que por cá escrevo. Podem não ser grandes textos mas podem ter a certeza de que são escritos sem truques, segundas intenções e, muitas vezes, com o coração na ponta dos dedos.
Até ao próximo post.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Looks nice! Awesome content. Good job guys.
»

9:41 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Hmm I love the idea behind this website, very unique.
»

1:24 da manhã  

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