segunda-feira, março 19, 2007

Só para não dizer que não escrevi nada hoje

Nunca compreendi muito bem a profissão de “crítico”.
Se percebo a coisa bem, existem pessoas que são pagas para analisarem assuntos de forma a que mais ninguém perceba a não serem elas. Por exemplo, quando recomendam, ou não, um filme salientam aspectos que nada dizem à maioria das pessoas. Como, algo do género “este filme está muito bem realizado, sendo que sou uma admiradora da arte de Richard Port embora não seja segredo para ninguém que este se inspira bastante no realizador de origem russa Kroifhzxg Bruzsxhkta. A cena da banheira retrata bem a perspectiva de vida de Richard (sim, adoro quando eles usam apenas o primeiro nome, como se fossem íntimos) que nos tenta mostrar o quão difícil foi a sua infância. No momento em que é comida a sandes podemos perceber que ele deseja mostrar ao espectador que a vida não é apenas dor, tal como tinha feito um outro realizador amigo seu, Andreiks Kovjinhught, no filme A Baleia Sabidona onde o recurso à metáfora é por demais utilizada. ”.
Em abono da verdade, quero só dizer que não tenho a mínima preocupação se a luz do quadrante A incide no vértice do losango do quadrante B e estou, muito menos interessada ainda, em ler quem escreve apenas para projectar a sua intelectualidade, estando esta, na maior parte dos casos, ausente.
Seja como for, a grande questão deste post é: porque é que apenas alguns ganham dinheiro com aquilo que todos nós, como bons portugueses, conseguimos fazer tão bem? (Para os mais desatentos o que fazemos bem é criticar, certo?! Criticar).