quarta-feira, junho 14, 2006

Revistas femininas, regras a seguir!!!

Existem certos artigos que fazem sucesso, nas revistas femininas, sem eu perceber porquê. Passo a citar alguns.
“Faça a dieta dos 5 dias, comendo apenas sopa”. Lamento, mas nem para falar nisso tenho paciência. Se me quiserem dizer onde se come muito bem, com óptimo ambiente eu fico agradecida, mas poupem-me os diálogos doidos do “estou gorda meia grama” ou “isso tem 1948347575 calorias”. Tudo precisa de um equilíbrio, mas neste campo, acho que a maioria das mulheres ainda não o atingiu.
“Vá ao ginásio e meta conversa com o lindo moreno da máquina ao lado”. Ora bem, posso até pagar ginásio mas ir até lá torna-se mais difícil. Também não acho piada aos típicos frequentadores desses locais. Além do mais, ainda acredito nos encontros românticos, em que eu estar com os bofes de fora e suada, não faz parte dos planos.
“Faça um teste à sua relação e descubra se ela tem pernas para andar.” Claro que quem está num relacionamento jamais saberá perspectivar o futuro deste, caso não faça estes testes. Obviamente que nenhuma (?!) mulher leva isto a sério, faz-se por curiosidade, como quando se lê o horóscopo, no entanto, existem as que ficam de pé atrás quando o resultado dá para o torto e cujo resultado de 98% em compatibilidade nunca será suficiente. Para as mulheres que acreditam no relacionamento P-E-R-F-E-I-T-O, recomenda-se que evitem estas páginas. Um dia, elas perceberão que o perfeito não existe e, caso existisse, seria concerteza bastante aborrecido.
“Aprenda a entrar numa sala e deixar todos os olhares postos em si.” Isso realmente já me aconteceu por diversas vezes, porém, foi sempre porque me enrolei em algum fio, porque tropecei, derramei, ou parti alguma coisa que se encontrava no meu caminho. Essas entradas à filme, só resultariam caso eu me mantivesse especada na entrada ou caso o corredor fosse largo, vazio e não englobasse escadas.
“Conquiste o homem que deseja.” Neste caso, os conselhos são algo do género: “faça-se de difícil”, “resista ao sexo imediato”, “espere que ele ligue”, “faça-se desinteressada” e por aí fora. Primeiro que tudo, os jornalistas que escrevem estes conselhos, têm de ter noção de que estão a escrever para a população feminina portuguesa, a qual ainda se choca com o “atrevimento” de alguns beijos mais ardentes, dados em público, e que não consegue perceber o valor do património nacional que é o Zézé Camarinha, deixando-o livre para as estrangeiras. Pode ser palermice minha mas ainda acho que nestas coisas não há regras. No entanto, ainda vou reler o artigo, não vão eles ter assegurado resultados imediatos com o Pasder e eu não tenha visto,...
“Como chegar ao topo mais depressa.” Bem, achava que já toda a gente sabia a resposta para atingir este objectivo, mas pelos vistos estava errada.
Para terminar, agradeço a quem se dispuser a dar o testemunho sentido, de que a sua vida mudou após seguir os conselhos anteriormente referidos e me atirar à cara o quão tonta sou por acreditar que não existem regras que controlem ou avaliem o amor, quer o nosso, quer o dos outros.
Aliás, acho que existe uma regra apenas: perceber o quão sábio é o nosso coração e deixá-lo "falar" livremente apenas para quem o merece escutar. No fundo ele saberá quem escolher, mesmo que o faça em minutos e apenas de forma sussurrada.