sábado, junho 10, 2006

Há dias em que a vista sofre,.....

Ontem fui sujeita a uma visão, que presumo, difícil de superar num futuro próximo.
Na verdade, deparei-me com um vizinho meu todo vestido de lycra. Falta acrescentar que ele está na casa dos 50 e não tem a desculpa do ciclismo para ousar vestir tais trajes.
Este é um fenómeno de todo estranho para mim, no entanto, parece existir um número razoável de homens adoradores de roupa demasiado justa.
Uma vez que os sociólogos não têm tempo para analisar todas estas situações, dispenso agora, algum do meu tempo para me debruçar sobre esta questão, deveras importante na nossa vida quotidiana.
A minha teoria centra-se no facto de estes exemplares, do sexo oposto, terem um fetiche por lycra e materiais do género. A origem disso não saberei responder, no entanto, reparo, após prolongada reflexão, que os mais exibicionistas escolhem empregos onde podem usar esse género de roupa em público. De forma a evitarem a critica alheia, estes mesmos trabalhos, caracterizam-se por algum aspecto fortemente masculino.
Por exemplo, vejamos o caso dos toureiros. Afinal estar frente a frente com um touro é de “homem”, mas o que dizer daquele vestuário?! Se um rapaz saísse de casa com aquela roupa, creio que lhe chamariam vários nomes, no entanto, acho que profissional tauromáquico não seria um deles.
Na verdade, porque acham que os ciclistas se esfalfam a subir e a descer montanhas, faça sol ou faça chuva?! A resposta está no facto de assim parecerem masculinos, com todo aquele esforço físico, associado ao suor, fazendo com que o resto da população “feche os olhos” à sua roupa colada ao corpo, que expõe as suas pernas magras e depiladas.
E que dizer dos musculados do ginásio, que adoram as suas t-shirts justas? E que profissão têm eles, normalmente?! Seguranças de discotecas, está claro. Aliás, este pode bem ser o motivo do impulso violento que muitos deles apresentam, resultando de uma tentativa para compensar a sua roupa justa. É que o seu ego é grande, no entanto, encontra-se preso no vestuário, sendo obrigado a explodir sob a forma de agressões exteriores e gratuitas.
Para terminar devo dizer que este ano irei evitar ligar a televisão aquando a Volta a Portugal em bicicleta. Pode trazer-me recordações de ontem, situação que prefiro evitar,..........................