segunda-feira, novembro 06, 2006

E depois de crescermos ainda acreditamos em bruxas más.

Sempre fui uma defensora da teoria de que bastam 5 minutos para sabermos se queremos ser amigos de alguém.
Existem pessoas pelas quais somos imediatamente conquistados, outras que nos são indiferentes, umas com as quais não simpatizamos e outras que nem sequer suportamos.
Admito que não seja a melhor pessoa para defender a ideia de que a primeira impressão é que conta, até porque a maioria das pessoas não gosta logo de mim. Muitos amigos meus confessam que me detestaram à primeira vista, achando que eu era arrogante e insuportavelmente gozona.
Em minha defesa tenho a dizer que não sou insuportável antes de qualquer tipo de adjectivo e que arrogante chamamos a todas as pessoas que não nos dão qualquer tipo de atenção especial. Dito isto conquistei mais umas antipatias, certo?!
Bom, a verdade é que sou uma tímida disfarçada e isso as pessoas não compreendem. Não gosto de contar toda a minha vida nos primeiros 20 minutos nem de confiar em alguém com quem troquei apenas meia dúzia de palavras. Não sou fácil mas tenho uma característica da qual muito me orgulho e que me safa de alguns ataques de mau génio, é que no final das contas sou boa pessoa.
Tendo a minha defesa feita, passo à questão que me leva a escrever este post.
Na semana passada conheci uma pessoa a qual detestei passado segundos. É alguém cujo efeito da sua presença se torna difícil de explicar.
Primeiro existe um olhar maldoso e nem sequer escolhi a palavra errada, maldoso é mesmo o termo. Depois, cada palavra que sai da sua boca parece direccionada ao ponto fraco de cada um, com o intuito de magoar o mais possível. O próprio tom de voz é, para além de irritante, cortante. Não há nada de positivo, de bom, de carinhoso. Não há qualquer empatia possível. Engana-se nos nomes de quem quer chamar, parecendo que pretende tirar aos outros uma identidade que lhe falta a ela. Os segredinhos ao ouvido, forma intriguista de comunicar, são constantes. A melhor maneira de explicar, resumidamente, o que senti é dizendo que ela me fez acreditar que as histórias das bruxas más não são invenções e que foram escritas baseando-se em pessoas assim.
Como forma de explicar estas simpatias e antipatias, originadas nos primeiros minutos, algumas pessoas usam a teoria das energias positivas/negativas, outras a dos signos e outras baseiam-se ainda no sexto sentido.
Na verdade não sei em que grupo me encaixar, mas se alguém me faz sentir indisposta e arrepiada, com a sua presença, talvez não seja mesmo um bom sinal, qualquer que seja a explicação para isso....não acham?!