segunda-feira, outubro 23, 2006

Minha fofinha, já falaste com o teu pitchuchinho hoje??

Em que medida os diminutivos amorosos são uma forma de arte?
Se repararmos bem, nem todas as pessoas possuem facilidade em atribuir nomes carinhosos e privados às suas caras-metade. Quem passou meia vida a gozar com os “fofinhas” e “pitchuchinhos” alheios, que fará quando chegar a sua vez na fila da personalização carinhosa?!
Será que os namorados/as perceberão a boa vontade do outro quando ouvem um “palerminha”, ou qualquer outra ofensa em forma de diminutivo, como uma tentativa de ser carinhoso? Será que aqui a boa intenção não conta?!
Precisarão as pessoas inexperientes, neste género de manifestação amorosa, de uma lista universal que possua os nomes preferidos da maioria das pessoas? Ou dever-se-á arriscar com palavras como porquinha, porque a pele dela é rosada, ou crocodilinho porque a boca dele é enorme, correndo o risco de terminar um relacionamento porque a capacidade na atribuição de nomes carinhosos não foi adquirida no passado?
Até agora só aprendi um dos truques deste mundo, que consiste no simples gesto de acrescentar um “inho” ao final da palavra que se escolheu. Portanto, acho que sabendo isto, resta apenas um problema, o de escolher o nome.
A escolha da tão ambicionada alcunha não é tão fácil quanto parece. Os mais corajosos confessam a dificuldade que foi essa busca, alguns até começam a contar essa história com as palavras “um dia tive uma visão,...”.
Quanto a mim, posso confessar claramente o meu problema: não encontro a palavra perfeita. Muitos passaram na nossa vida e, para esses, as palavras simples e escolhidas ao acaso bastavam, porém, a certa altura, chega alguém indefinível o que nos vem complicar uma tarefa já de si difícil.
Até agora a minha busca continua e acho que, pelo sim, pelo não, vou começando a procurar a existência da tal lista,...