sexta-feira, agosto 11, 2006

Quem quer casar com a Carochinha?

Hoje, fui pedida em casamento.
Se a imagem de um pedido original, feito pelo amor da nossa vida, num local romântico surgiu na vossa pobre cabeça inocente, então esqueçam e substituam isso por um homem de uns 1,80 a cheirar a álcool puro e que deveria trazer um aviso na sua t-shirt a impedir que acendessem qualquer tipo de chama ao pé dele, de forma a evitar o risco de explosão.
Tudo aconteceu de manhã, quando tomava café com uma amiga. Estamos em amena cavaqueira quando a luz desaparece da janela. Achei que a penumbra não podia ser provocada por nuvens uma vez que o céu estava limpo, então, heis que olho para trás e percebo que era a largura das costas de um homem que impedia a entrada dos raios de sol.
Feita esta minha observação continuo na conversa, até que o tal senhor vem sentar-se na nossa mesa sem sequer dizer nada. Às tantas começa a agarrar-me na mão, dizendo que me conhecia e que queria casar comigo. A primeira reacção de quem escutava foi rir, mas quando se aperceberam que a bebedeira do tipo não era das mais agradáveis, toda a gente se encolheu na sua cadeira e desviou o olhar. Apenas um dos empregados veio dar-nos uma mãozinha, mas o coitado pesava uns 40 quilos e tinha uma voz tão fina que não metia respeito nem aos sobrinhos do Pato Donald.
Quando me estava a querer vir embora, e o tipo continuava armado em parvo, dei por mim com o dedo apontado à cara dele dizendo-lhe as maiores barbaridades. Sim, eu do alto do meu 1,62, cheia de inconsciência, descarreguei em cima daquele homem as minhas frustrações acumuladas de dias. E para espanto geral, ele calou-se e nós saímos. Alguns passos adiante ouvi-o chamar-me qualquer coisa começada por P,... mas acho que nem percebi bem o que tal cavalheiro tentava expressar quanto à minha pessoa.
Agora que penso nisso percebo que ele podia-me ter partido ao meio apenas com o dedo mindinho, mas a minha fúria era tanta que nem tomei consciência do que fazia.
Uma vez que é a segunda vez que um bêbado me faz tal proposta fico a pensar se será o facto de eu não beber que os atrai até mim. Será que estes “barris alcoólicos” possuem um qualquer radar que detecta água no corpo de outro ser vivo, como os radares que detectam metais?!
Para terminar este assunto, devo dizer que o mês passado um tipo passou por mim e disse que “sempre quis casar com uma brasileira”. É verdade, meus amigos, não só os bêbados gostam de mim como os de dioptrias elevadas trocam a minha nacionalidade.
Agora digam-me, eu mereço?!

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Hoje, fui pedida em casamento.
Se a imagem de um pedido original, feito pelo amor da nossa vida, num local romântico surgiu na vossa pobre cabeça inocente, então esqueçam e substituam isso por um homem de uns 1,80 a cheirar a álcool puro e que deveria trazer um aviso na sua t-shirt a impedir que acendessem qualquer tipo de chama ao pé dele, de forma a evitar o risco de explosão.
Tudo aconteceu de manhã, quando tomava café com uma amiga. Estamos em amena cavaqueira quando a luz desaparece da janela. Achei que a penumbra não podia ser provocada por nuvens uma vez que o céu estava limpo, então, heis que olho para trás e percebo que era a largura das costas de um homem que impedia a entrada dos raios de sol.
Feita esta minha observação continuo na conversa, até que o tal senhor vem sentar-se na nossa mesa sem sequer dizer nada. Às tantas começa a agarrar-me na mão, dizendo que me conhecia e que queria casar comigo. A primeira reacção de quem escutava foi rir, mas quando se aperceberam que a bebedeira do tipo não era das mais agradáveis, toda a gente se encolheu na sua cadeira e desviou o olhar. Apenas um dos empregados veio dar-nos uma mãozinha, mas o coitado pesava uns 40 quilos e tinha uma voz tão fina que não metia respeito nem aos sobrinhos do Pato Donald.
Quando me estava a querer vir embora, e o tipo continuava armado em parvo, dei por mim com o dedo apontado à cara dele dizendo-lhe as maiores barbaridades. Sim, eu do alto do meu 1,62, cheia de inconsciência, descarreguei em cima daquele homem as minhas frustrações acumuladas de dias. E para espanto geral, ele calou-se e nós saímos. Alguns passos adiante ouvi-o chamar-me qualquer coisa começada por P,... mas acho que nem percebi bem o que tal cavalheiro tentava expressar quanto à minha pessoa.
Agora que penso nisso percebo que ele podia-me ter partido ao meio apenas com o dedo mindinho, mas a minha fúria era tanta que nem tomei consciência do que fazia.
Uma vez que é a segunda vez que um bêbado me faz tal proposta fico a pensar se será o facto de eu não beber que os atrai até mim. Será que estes “barris alcoólicos” possuem um qualquer radar que detecta água no corpo de outro ser vivo, como os radares que detectam metais?!
Para terminar este assunto, devo dizer que o mês passado um tipo passou por mim e disse que “sempre quis casar com uma brasileira”. É verdade, meus amigos, não só os bêbados gostam de mim como os de dioptrias elevadas trocam a minha nacionalidade.
Agora digam-me, eu mereço?!
ssunto, devo dizer que o mês passado um tipo passou por mim e disse que “sempre quis casar com uma brasileira”. É verdade, meus amigos, não só os bêbados gostam de mim como os de dioptrias elevadas trocam a minha nacionalidade.
Agora digam-me, eu mereço?!

11:33 da tarde  

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