sexta-feira, junho 02, 2006

Após alguns dias, a coisa não parece tão má quanto isso,.....

A pedido de muitas famílias, vou contar o modo como correu o nosso teatro na semana passada.
Algumas horas antes, estávamos totalmente confiantes de que tudo iria correr mal. Os comentários que se faziam, denegriam a nossa capacidade representativa e reclamavam a falta de ensaios. Se pior do que planeávamos não poderia correr, logo, não havia motivos para preocupações desnecessárias.
Quando chegou a altura de nos começarmos a vestir, os nervos atacaram em força. Acho que nesta altura, já nem tinha a certeza das minhas falas,.........no entanto era o riso irresponsável que dominava a sala.
As pessoas, que representariam idosas/o, foram totalmente coagidas a encher a cabeça com pó de talco. A altura era de encarnar o personagem e não havia espaço para a vaidade própria. Posso dizer-vos que fiquei bastante ridícula, de cabelo branco, apanhado no cimo da cabeça, vestida com roupas escuras, óculos na ponta do nariz e de chinelos. Depois de me ver ao espelho, agradeci o facto de as saias com pregas não serem moda actualmente e torci, esperançosamente, que jamais o voltem a ser.
Sei que neste momento devem estar com pena de terem perdido uma cena destas, mas por vezes a vida até é justa e limita os nossos embaraços a um restrito número de pessoas, que serão, de preferência, nossos desconhecidos.
Na verdade, quando chegou a altura da “acção” correu tudo muito bem. A nossa veia teatral surgiu, houve até direito a improvisos feitos com bastante sucesso.
Porém, antes de terminar este post, tenho de dar conta de uma situação ridícula que aconteceu, até porque se não o fizer, a Cátia sentir-se-á indignada e com toda a razão.
Um colega meu deu-se ao luxo de não decorar as suas falas, tratando de colar todo o texto num jornal, que supostamente estaria a ler na peça inteira.
Creio que o total de falas que lhe pertenciam correspondiam a meia dúzia de frases curtas, sendo que mesmo assim, conseguiu enganar-se. Repito, ele tinha o texto em frente dos olhos, pouquíssimas frases e mesmo assim causou o único momento de silêncio em toda a peça.
A questão que nos colocamos é, como é possível errar quando se tem o texto à frente?! Quem tiver a chave deste mistério, por favor, diga-me qualquer coisa, porque ansiamos por uma resposta.
Claro que este teatro foi apenas uma forma engraçada que encontrámos de nos despedir dos idosos, que tiveram a imensa simpatia de nos receber no seu centro de convívio. Os enganos eram esperados, no entanto, existem coisas com as quais temos de levar o resto da vida, de tão ridículas que são. Até ao final do curso, este nosso colega vai ter de aturar as nossas piadas sobre o assunto, digamos que será a sua penitência por nem preguiçoso saber ser.
Existe ainda um facto que, por vaidade pessoal, tenho de referir. Estiveram duas colegas de Erasmos, holandesas, a assistir à nossa peça. No final, estas disseram-me que sou muito boa a actuar. Ora bem, parece que até já me vejo numa co-produção portuguesa, holandesa e espanhola. Serei a boazinha de história, a única morena no meio de gente loira e alta. Terei sido abandonada à nascença e começarei a trabalhar na casa do meu meio irmão, por quem me apaixonarei secretamente. Isto tudo, com diálogos originais em português ( qual é o problema, também, não havia uma telenovela qualquer chamada América, em que todos falavam brasileiro?! ), legendas em holandês e dobrado em espanhol ( de forma a que os movimentos dos lábios, nunca batam certo com a dobragem).
Que grande filme se perspectiva a partir desta história,....
Morangiositios quion aciucari á moéda dé lá holandia, seria o nome da mega produção.
Pensando bem nisto, acho que vou abandonar o curso e dedicar-me a este talento recém descoberto.
Luzes da ribalta, aí vou eu,.......................

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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10:28 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

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