sexta-feira, maio 05, 2006

Tentativa frustrada de escrever artigo coerente e com bases sólidas

Lembro-me de ter lido um artigo, a algum tempo atrás, sobre os grupos que existem nas escolas.
Como julgo ser uma conclusão lógica, esses mesmos grupos não vivem apenas nas escolas. É verdade, eles têm o terrível hábito de saírem para viver em sociedade.
Recordo-me que o artigo descrevia-os um a um, mas como não vou conseguir ser precisa, opto antes por dar o meu ponto de vista, remetendo-me a apenas dois deles. E não sejam críticos, pois se vocês exigissem raciocínios lógicos e coerentes não estariam a ler este blog.
Começando pelos góticos. O que eu sei: vestem-se de preto, pintam-se de preto e isso dá-lhes direito de frequentar qualquer tipo de festas porque, segundo ouvi dizer, “ de preto nunca me comprometo”. Evitam socializar com pessoas dos outros grupos, tais como os betos. Quando descalços tendem a perder alguns centímetros de altura, devido ao desaparecimento da plataforma das suas botifarras. Jamais usam óculos optando antes por lentes de contacto de cores brancas ou transparentes. Recorrem muito à bijuteria, com anéis que costumam preencher todo o comprimento do dedo.
Segundo o que se diz, as raparigas demoram a madrugada inteira para conseguirem despir as suas roupas, daí o dormirem pouco e as olheiras típicas, porém, ainda não foi confirmado, mantendo-se esta questão como um mito urbano.
Para além disto, deduzo que tenham um sistema de refrigeração interno porque até no Verão se mantêm fiéis à sua indumentária, sem haver noticia de que algum tenha sofrido desmaios induzidos pelo calor.
Passemos agora aos betos. Estas raparigas têm uma característica importante: jamais serão perdidas, uma vez que os seus brincos, de tamanho semelhante a rodas de camiões, e a cor das suas roupas funcionarão como reflectores facilmente identificáveis. São das únicas miúdas que com o passar dos anos pretendem tornar-se ainda mais “tias”, acalentando desde jovens esse sonho, muitas vezes representado pelo hábito de se tratarem por “você”. Não conseguem manter uma conversa sem o recurso de expressões típicas e repetidas pelo menos 5 vezes em cada frase. De entre tantos “estrondoso”, “brutal”, “baby”, não se consegue aproveitar uma ideia útil e este facto foi testado e confirmado. As únicas noticias sobre as quais se mantêm informadas referem-se a Paris Hilton, que está para elas como a Madre Teresa para os pobres. Evitam o contacto com outros grupos de aparência menos fútil que tanto prezam e cultivam.
Quanto aos rapazes, caracterizam-se por um penteado cujo objectivo principal será perturbar-lhes a visão e torná-los estrábicos daí a uns anos. O sapato de vela é essencial para o “cenário”. A calça deve ser suficientemente curta de forma a que a meia ou a pele do pé seja vista. Quanto aos assuntos sobre os quais falam, não sei sequer exemplificar, na verdade, há coisas que prefiro desconhecer,...
Peço desculpa a todos os outros grupos aos quais não me referi. Fica a promessa de que, quando tiver tempo, irei escrever um texto tão ou mais rigoroso, com tanta investigação de campo, quanto o feito para este aqui "postado".