sexta-feira, maio 12, 2006

Sexta-feira 13 e não houve azar!!!

A minha mãe conta que não queria que eu nascesse nem num dia 13, nem numa sexta-feira e nem na Primavera.
Eu nasci a uma sexta-feira 13, em Maio, mês da Primavera.
Acho que só isso poderá explicar muita coisa acerca de mim.
Tal como em pequena, continuo a gostar de fazer anos. Talvez seja o meu egocentrismo a falar, mas receber mensagens de pessoas que se lembram de mim e me desejam felicidades, continua a dar-me uma sensação de conforto e alegria muito particular.
Apesar disso, sei que amanhã não me sentirei diferente do que me sinto hoje. Não irei ficar mais madura, nem mais sábia, ou sequer mais culta, apenas porque tenho um ano a mais. Infelizmente, aumentar de idade não é sinónimo de adquirir tudo isto de forma automática e sem esforço.
De certeza que, no final deste sábado, ainda continuarei a ter o terrível hábito de não dar o braço a torcer, mesmo quando isso me parece a coisa mais errada a ser feita.
A minha incoerência sentimento/razão deverá manter-se, na esperança de que algum dia essa luta termine e algum lado ganhe por fim.
Vou continuar a tentar evitar imprevistos. Não quer dizer que eu deteste o imprevisto, aliás, ele até será muito bem vindo se anunciar com antecedência quando vem, para o que vem e quando pretende terminar.
O hábito de apenas me esforçar ao máximo quando me põem em dúvida ou me provocam, deve continuar e não há muito a fazer quanto a isso.
Provavelmente, a única regra matemática que faz sentido para mim, irá permanecer a mesma. Passo a enunciar: as certezas são inversamente proporcionais ao aumento de idade. Se bem que não tenho a certeza de que amanhã ainda vá defender esta frase,...
O mais certo é continuar a rir-me imenso todos os dias, com a gargalhada já reconhecida em determinados corredores, esperando sempre que as pessoas que me acham doida sejam sempre diferentes das que têm poder para me internar.
Acho também que não será este dia 13/5 que vou saber definir o que realmente quero na minha vida. Actualmente todas as minhas certezas se resumem ao que não quero, ou seja, vou-me afirmando perante a vida através da negação, o que segundo Freud me deixaria num estágio de desenvolvimento bastante infantil, e provavelmente não será amanhã que isso vai mudar.
Ainda continuarei a idolatrar secretamente todos os amigos que guardo no peito.
Deverei manter o gosto por músicas cuja letra sugere um autor, cujo humor, variará entre o depressivo e extremamente depressivo.
Se sentir necessidade de me afastar de tudo amanhã, de certo que o farei como sempre faço, irei ler um livro ou esconder-me, sozinha, na sala de cinema mais próxima.
Espero, por fim, continuar a seguir em frente quando acredito estar certa, sem me preocupar com opiniões alheias (ou será melhor, falatório alheio?!) e a não perder o sono porque não agrado a toda a gente.
Agora é só esperar pelo que os 23 anos me vão trazer de novo, já que a bagagem dos 22 eu conheço muito bem.

P.S: Também sei que continuarei a escrevinhar neste blog, acreditando que haverá sempre alguém do outro lado, com paciência para ler posts destes até ao fim.
A essas pessoas, o meu obrigado.
Uma fatia do meu bolo estará reservada para eles amanhã.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Só para dizer que gostei do teu post. P/ mais anos que passem também me sinto basicamente na mesma. A n ser que olhe c/ mta atençao e então lá descubro que 1 coisinha minuscula mudou. Mas cmo diz o meu pai: qq coisinha minuscula pd mudar o decorrer das coisas. Também kero dizer que leio os teus post até ao fim e o bolinho n/ cheirei :p Jnhos, Sissa

11:43 da tarde  

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