domingo, setembro 25, 2005

Nomes estranhos

Fui ontem ver a bebé de uma amiga minha e isto fez-me pensar nos nomes que eu dizia que daria aos meus filhos, quando era criança.
É que eu era uma miúda culta, repito, CULTA e não doida, como muitos podem tentar insinuar. E não, cortar o cabelo e sobrancelhas á tesourada não é suficiente para entrar no grupo dos doidos, caso alguém se questione acerca disso.
Enquanto as minhas amigas chamavam as “filhas” de Carolina e Inês, eu planeava chamar Tchéchénia ou então Bósnia Herzegovina á minha. Aliás, eu até tinha a frase preparada, coisa que os meus pais fazem questão de me lembrar mais vezes do que o necessário, que seria algo como “Tchéchénia anda cá á mãe!!”.
Como para tudo existe explicação, a minha é a de que naquela altura estes países estavam constantemente no telejornal, eu ouvia os nomes dos ditos e adoptava-os.
Quando todos se riam á minha volta e pediam que os repetisse, eu achava que devia ser mesmo genial, até que com o passar dos anos percebi que não era bem isso,..............
Só há uma conclusão possível a tirar, é que eu era muito avançada para a época. Se repararem, só à relativamente pouco tempo é que as pessoas andam a pôr o nome de London e outras coisas que tais ás crianças.
Acho que dar nomes estranhos aos filhos é uma óptima forma de os preparar para a vida, assim, desde pequenos que vão estar habituados a serem gozados pelos colegas e a terem de superar isso. Além do mais, quando crescerem continua a ser uma maneira importante de cimentar a personalidade, torna-os melhores pessoas, uma vez que treinam a sua paciência para com os outros.
E, acreditem, eu sei bem do que falo. Sei lá porquê, 90% das pessoas que querem ter piada, dizem a célebre frase “Chamas-te Iolanda ou Holanda?”, seguindo-se uma gargalhada por parte de quem falou e uma vontade, disfarçada, de cometer homicídio, da parte de quem ouviu.
Quando preciso de me identificar numa repartição pública é outra situação interessante, nunca sei como me vão chamar, podendo ir desde um normal Orlanda até um original Islanda.
Portanto, Anas, Marias, Josés e Antónios deste país, quando uma Creuzália, Isméria ou Cafiaspirina cruzarem a vossa vida, pensem duas vezes antes de franzirem a testa e resmungarem um estranho "Ãh?!". Eles também são gente,........