domingo, fevereiro 04, 2007

Nova etapa, nova meta, para quando a camisola amarela?

As vésperas de algo novo na minha vida são sempre preenchidas com uma certa inactividade, pois nesses dias ando demasiado ocupada a “segurar o meu coração nas mãos”, de tão acelerado que ele bate. E hoje não foi excepção.
Pensando bem, acho que sou uma senhora de 60 anos num corpo de 23, pois tenho tanta capacidade de iniciativa e gosto pela mudança como os idosos.
O que se passa é que amanhã começo uma etapa diferente, deixo a teoria da faculdade para trás e parto para estágio. Sim, a vida a sério, segundo dizem.
Pela primeira vez estarei sozinha e vou ter de construir a minha própria segurança e, em boa verdade, estou com medo. Medo que o mundo lá fora seja exactamente como eu o creio, ou seja, sem tempo para a inexperiência e com claro fervor pelos competitivos a qualquer custo.A solidão pela qual ansiamos, sempre que temos um professor a falar no nosso ombro, é completamente assustadora quando vista frente e frente.
Fico a pensar se serei razoavelmente boa a desempenhar a profissão que escolhi, as dúvidas começam a surgir como pipocas no tacho e chego até a recordar erros técnicos feitos no 1º ano, afinal, tudo vale para aumentar o stress em que me encontro.
Por outro lado, estou desejosa de terminar o curso e esta é a última etapa a ser percorrida, aquela mesmo antes de rasgar a meta.
Antes de ir dormir penso num truque que usava na infância. Quando tinha de fazer algo que me assustava eu fixava o pensamento no que iria acontecer a seguir, por exemplo, quando ia fazer análises pensava no quão fantástico seria o bolo que a minha mãe me iria comprar logo a seguir e nos elogios que receberia em casa, por me ter portado bem.
Amanhã tenciono portar-me bem.
Espero ter um bolo fantástico à minha espera, em seguida.