terça-feira, dezembro 26, 2006

Boas entradas

Aproxima-se mais um fim de ano.
Para uns, esta data apresenta-se como o fim de um ciclo e o início de outro, possuem a esperança na mudança, fazem planos que acreditam ir cumprir e comem religiosamente as 12 passas, de forma a que a sorte dê uma ajuda aos seus planos terrenos.
Para outros, esta data é apenas uma desculpa para se reunirem com amigos e para que o divertimento reine. Sabem que nada muda drasticamente, de uma meia noite para outra, mas não se importam de acompanhar os restantes nas superstições habituais da época.
Quanto a mim, mantenho apenas o hábito de fazer uma pequena lista de objectivos a cumprir no novo ano e nada mais. Na verdade, se chego a cumprir metade deles já me sinto satisfeita, até porque nos primeiros dias de Janeiro a realidade volta a bater à porta, expulsando a força de vontade mágica do dia 31.
De resto, não como passas, não subo cadeiras e as únicas vezes em que parti copos foi devido à minha falta de coordenação e não a superstições.
Dito isto, confesso que este ano estou entusiasmada com tal data. Primeiro que tudo porque será passada de forma diferente do habitual e depois porque creio numa mudança para 2007.
Tenho novos desejos, novas ambições e, coisa rara, algumas certezas a serem ouvidas.
Neste ano que termina conheci novas pessoas, libertei-me de outras tantas, deixei morrer certos fantasmas e fiz nascer novos sonhos. Transformei-me, aprendi com os erros, caí, tropecei, levantei-me e valeu tudo a pena.
No findar de 2006 sinto-me feliz. Pela primeira vez, percorro um caminho que julgava que me estivesse vedado, faço planos que nunca pensei fazer e que hoje fazem todo o sentido.
Aprendi que o que mais procuramos nos aparece quando menos esperamos e apenas quando lhe sabemos atribuir o valor devido, por isso, no soar das badaladas peço apenas um beijo do meu “príncipe”, pois tudo o resto virá a seu tempo. Sempre a seu tempo.