terça-feira, novembro 14, 2006

E este post é escrito só porque sim (bom, tal como todos os outros)

O caminho faz-se em silêncio. Ou não, pois os momentos em que se percorrem as ruas habituais podem ser preenchidos com piadas, declarações de amor ou comentários despropositados.
Observam-se momentos em que duas mãos frias, aproveitam os semáforos, para desafiar o outro par de mãos a aquecê-las.
A música preenche o fundo do ambiente, servindo de acompanhamento para pensamentos esvoaçantes ou coreografias arrojadas. Neste embalo, uma voz sorri da outra que desafina.
De repente, um olhar fugaz do perfil do outro, transforma-se num olhar demorado, cheio de admiração e amor. O olhar diz tudo, ouço sussurrar por aí,...
A separação, a que a noite obriga, está a aproximar-se. Nesse momento, gargantas calam um “não te quero deixar ir”,...
Na despedida, o beijo. Em redor faz-se silêncio e a paz invade um pequeno espaço de dois lugares.
O caminho mais longo torna-se, o que vai do fecho de uma porta, para a abertura de outra.
Pela primeira vez, percebe-se a existência de uma felicidade triste.