segunda-feira, abril 17, 2006

Aos meus amigos,

Hoje só falo sobre os meus amigos, nada mais interessa neste post para além deles.
Começo por fazer a tão falada distinção entre amigo e conhecido. Não sou daquelas pessoas ás quais basta sorrir e dizer olá que já nos consideram amigos para a vida, aliás, nem simpatizo muito com esse género de personalidade.
Também não tenho muita facilidade para confiar nas pessoas, vai daí, talvez seja esta a explicação para o meu reduzido número de “amigos do peito”.
Para começar, estive a tentar encontrar uma característica em comum entre eles e chego a uma conclusão, todos me fazem rir.
Cada um deles é dono de um senso de humor notável. Quero acreditar que isso também dirá alguma coisa sobre mim, nem que seja apenas a minha capacidade de perceber diferentes tipos de piadas.
Provavelmente eles nem sabem o quão importantes são para mim, até porque não me lembro de alguma vez lhes ter dito isso (a não ser uma honrosa excepção em condições especiais.). Acho que isso faz parte de um “contrato silencioso”, em que sabemos que somos importantes uns para os outros, sem que a necessidade de o confirmar verbalmente exista.
Admito que, hoje em dia, estou muito contente com as amizades que fiz e que fui conseguindo manter. Neste grupo restrito de pessoas, incluo uma amiga de infância, amigos da secundária e amigas que acabei por fazer na faculdade. Não acredito na ideia de que precisamos de ser amigos há muitos anos, para sermos bons amigos, até porque assim estaria a desprezar as minhas “últimas aquisições”, com as quais sei que posso contar em qualquer dia e a qualquer hora,...
Também acho uma boa ideia eu não ter assim tantos amigos, por um simples facto, quero viver até aos 80 anos. A frase anterior pode parecer sem sentido mas se formos ter em conta que vibro ao máximo com as alegrias que eles têm, que sofro na mesma medida com os seus problemas, o meu pobre coração tem de reduzir estas emoções ao máximo, se quiser chegar a velho.
Outro aspecto curioso é que não falo regularmente com todos eles, aliás, conseguimos ficar durante longos períodos de tempo sem nos comunicarmos, no entanto, a amizade não desaparece e quando nos falamos de novo, parece que fizemos apenas uma pausa para o café e retomamos a conversa, como se ela jamais tivesse sido interrompida.
Quase todos os dias leio, ouço ou vejo qualquer coisa que me lembra algum deles e apesar de o primeiro instinto ser o de lhes ligar a contar, raramente o faço. Talvez não fosse tão má ideia dar-lhes conta, de vez em quando, o quanto me lembro deles.
Eles modificam-me a cada contacto que temos, quer seja fazendo-me ouvir novas músicas, quer seja ao falar de ideias totalmente opostas ás minhas. Aliás, eu tenho de agradecer a um amigo meu pelo treino de argumentação que me proporciona, porque cada vez que falamos temos de acabar por concordar em discordar,...
Por um lado é um bocado injusto ser meu amigo, porque eu quase não lhes permito que errem. Já disse muitas vezes e repito-o aqui, eu só me transtorno com quem vale a pena. Só as pessoas de quem realmente gosto têm o poder de me chatear a sério. Gosto e espero tanto de todos eles, que ao mínimo deslize caio-lhes em cima,...espero que eles percebam isso.
Tenho pouquíssimas certezas acerca da minha vida, no entanto, uma delas é a forte vontade de jamais colocar estas amizades em risco. Acredite-se ou não, os doidos só são felizes ao pé de outros doidos, e já que encontrei os meus companheiros de manicómio, não me quero mais separar deles.
Estas pessoas fazem parte do meu mundo, o qual fui construindo tremulamente. Sem elas eu não seria mesma, nem o caminho que percorro o filme de comédia que é, com todos os desencontros, tropeções e alegrias que fazem parte do enredo.
Este post é para todos eles, que sabem quem são, e que a esta hora vão começar a preocupar-se por terem lido um texto deste género escrito por mim. Fiquem descansados, isto foi apenas um treino para quando receber o Oscar,....... pelo menos já sabem que vão fazer parte dos agradecimentos.

Para terminar, como diria Vinicius, “a gente não faz amigos, reconhece-os.”

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bem após ler os ultimos posts fiquei sem duvidas nenhumas de que tu és uma pessoa mt especial e que para alem de todas as tuas inúmeras qualidades tens um “donzinho” para escrita :)
Kuanto a este último post concordo plenamente ctg e tb axo k s devia dar mais vezes “miminhos” aos nossos amigos (dizer o kuao importantes eles são pra nos e k nunca nos eskecemos deles, o tipo de coisas que axamos mt lamexas mas que as vezes sabem bem)… tb axo k kd os nossos amigos nos desiludem lhes devemos “cair em cima” pois só considero amizades verdadeiras akelas a base da sinceridade…
PS: Smp fui mas cada vez tou mais fã do teu blog… cada post novo é cm se fosse um chocolatinho pra mim e tou a ficar cd vez mais gulosa ;) obrigada por tudo

Rita

3:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Opá, foi bonito. Gostei :-)Fizest-m ficar emocionada.Aki td bem, mas n o faças em publico p/ favor, tnho 1 reputação a manter.Axo k tb nunca disse a nenhum dos meus amigos a importancia k têm para mim, p/ isso ainda bem k há este reconhecimento entre amigos.S não c/ o meu feitiozinho tava lixada. E olha não t escrevo 1 post pk n tnho blog, mas reconheço-t cmo boa amiga aki. Jnhos
Sissa

6:18 da tarde  

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